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Underneath: Qaya #27

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     As gémeas misturaram-se com a multidão e sem conseguir ver a cor do vestido de cada uma, Troy não sabia a direcção que elas tinham tomado separadamente.      Ele caminhava por entre a multidão de pessoas que passeava pelas ruas, vestidas com vestidos, saias compridas ou calças muito justas com camisolas fluídas, com Catarina apoiada nele e Ryan mesmo atrás. Cada pessoa segurava uma vela, grande ou pequena, com a chama a arder. As ruas estavam iluminadas não só pelas tochas cautelosamente distribuídas nas paredes, como pelas velas que cada pessoa segurava num pequeno prato decorado. Qaya estava cheio de surpresas e mistérios e um deles era esta animação. Troy conseguia ouvir a música a vir duma praça muito perto deles e conseguia cheirar algo a ser preparado numa espécie de churrasco. Ouvia vozes a cantarolarem e crianças a rir. Troy olhava em redor e apesar de não perceber uma palavra proferida, ele sabia que significava algo de bom e isso fazia dimi...

Underneath: Qaya #26

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     Troy caminhava, lado a lado com Catarina, atrás de Violet. Ela não tinha ideia por onde ir mas mesmo assim andava tão segura de si mesma que tinha piada. Troy controlou o sorriso. Catarina reparou.  - O que foi? - sorriu de fininho.  - Nada... nada - abanou a cabeça.      Ele olhou para trás e viu Melody e Ryan a conversarem. Ou melhor, quem falava era apenas o seu melhor amigo. O grupo inteiro agia tão normalmente que nem pareciam estar noutra Galáxia, noutro Planeta. A ideia parecia absurda, de repente. Porém, ao olhar para os lados, para cima e para a frente, ele reconhecia que nada disto era normal. Tudo à volta deles era diferente. Parecia que estavam noutra era. Num sonho. Numa ilusão. Ele olhava em redor e sabia que quando regressasse a casa nada estaria igual. Troy nem tinha certeza se iria ver o rosto dos seus pais outra vez. Ele não tinha certezas de nada. E ao caminhar para aquele jardim, com Violet a guiá-los para o desconh...

Underneath: Qaya #25

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- Troy - ouviu sussurrar. - Troy, acorda.       Troy Evans abriu os olhos e viu o rosto de Violet diante de si. Parecia preocupada.  - O que se passa? Já amanheceu? - Ainda é cedo, mas já há luz. Mas não foi por isso que te acordei. Estavas a ter um pesadelo.      Troy suspirou.      Tantos dias sem um único pesadelo e assim que chegou a Qaya era a primeira coisa que recebia. Saeva invadiu-lhe a cabeça durante o sono e agora perseguia-o em cada sombra existente. Já não se sentia tão seguro ou capaz de proteger seja quem fosse. Não se sentia poderoso nem Estrela Vital de coisa nenhuma. Foi como se tivessem ligado o interruptor para a realidade e ele se desse conta que ainda não sabe nada sobre Tema e o seus poderes. O pior de tudo era que ainda tinha Saeva atrás dele - e os planetas da Via Láctea - e o tempo estava a passar. Seja aqui ou na Terra, a Escuridão vai assombrá-lo até ter o que quer e Troy não estava certo se c...

Underneath: Qaya #24

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     O primeiro Planeta do Sistema Solar retornou à sua galáxia em busca do impossível. Mercúrio percorreu a galáxia e parou onde a Via Láctea e Lymph se encontravam. As estrelas naquela zona eram bastante reluzentes causando uma confusão multicolorida. Viajar entre galáxias não era fácil. Simplesmente tocar na orla da galáxia seguinte causava dores e agonias tremendas a quem se atrevesse a passar. Nem mesmo Sol é capaz de o fazer. Como Tema tinha conseguido era um mistério. Só que Mercúrio estava disposto a sofrer fosse o que fosse para proteger as suas Melody e Violet da reencarnação do Tema.        A orla de Lymph brilhava em tons de azul, branco, vermelho e castanho que se diluía com as cores escuras do Universo. Mercúrio lançou-se sobre a luz e ao tocar nela, sentiu o seu corpo ser ferido por infinitos golpes. A sensação era como se alguém estivesse a cortar-lhe a carne e a luz queimava-a. Mercúrio engoliu um grito e não cedeu. Continuou a avan...

Underneath: Silver #23

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     Troy, durante o resto da tarde, focou-se em treinar o Ar e em domá-lo. Ryan e Catarina trabalharam com armas como adagas, facas, arco e flecha, e havia uma espada que apenas Ryan atreveu-se em mexer. As gémeas praticaram alguns ataques com os poderes, mas elas já os conheciam a todos. Não havia nada de novo em que trabalhar. Portanto, elas esgueiraram-se para a zona de treino de Ryan e Catarina. Ele estava a escolher uma adaga para acertar num alvo mais distante quando Melody se aproximou da mesa com as armas.  - Precisas de ajuda?  - Estou bem - disse, sem fitá-lo.      Ela ia escolher uma adaga fina que servia somente para lutas corpo a corpo. Se ela quisesse uma para atirar, aquela não era a melhor opção.  - Se queres atirar aos alvos, essa não é a melhor escolha - explicou. Melody nada lhe disse. Ryan escolheu uma faca mais grossa de dois gumes. A pega tinha relevos gravados. - Esta, toma - e estendeu-lha.  - Porque es...