Underneath: Qaya #29

      Violet chamou-o. A sua voz soou rouca.
     Ele estava de pé no local onde Catarina se tinha evaporado há bastante tempo. Tinha os punhos fechados e Violet não tinha a certeza se ele chorava ou não. Não tinha bem a certeza do que pensar sobre o que tinha acontecido mesmo diante dos seus olhos. Troy não precisava de tê-la teletransportado para a Terra. Catarina, assim como Ryan, podia ficar. As palavras que Troy não lhe retribuiu ficaram gravadas na cabeça dela... Por um instante ela pensou em si mesma, que ele tinha deixado a Catarina ir por ela, mas abandonou esse sentimento tão depressa quanto o teve.  Não podia ser esse o motivo. A Lua e Kade não podiam ter razão. Ela aproximou-se e perguntou-lhe, à espera de ouvir uma resposta que cobrisse o seu pensamento egocêntrico. 
- Porque fizeste isto, Troy? Ela não precisava de ir. Ela estava a recuperar, assim como...
- Não, Violet - ele fitou-a. Os olhos estavam vermelhos mas nenhuma lágrima marcava o rosto bronzeado dele. - Não me ouviste? Ela só ficou bem por tua causa. Eu deixei que a magoassem. Eu não quero perder ninguém que eu amo - Violet nunca tinha visto os olhos dele expressarem-se daquela forma. Continham tanta tristeza e um brilho fugaz de desespero. 
-  É esse o verdadeiro motivo? - perguntou, com o coração aos pulos. Sentia-se uma parva por fazer tal pergunta. 
- O que queres dizer? 
- Nada. Desculpa - ela virou a cara, envergonhada. - Vou deixar-te, então. Precisas de descansar.  
- Espera, Violet - ele pegou-lhe no pulso. Troy olhou para ele e viu marcas terríveis. Violet tirou o pulso das mãos dele, sentindo-se demasiado exposta. - Oh meu Deus - disse numa voz surda. Os seus olhos arregalaram-se ligeiramente. - Anda cá - ele sentou-se onde ela antes tinha estado e forçou-a com o olhar a colocar-se ao lado dele. 
- Troy, não é nada, eu... - começou, a abanar a cabeça. 
     Mas já era tarde demais. Ele já tinha arrancado um bocado de tecido da camisola branco-sujo. Molhou-o num balde de água próximo dele e depois passou-o pelo pulso dela. Repetiu o mesmo com o pulso direito dela. 
- Sei que não é nada comparado com o que tu podes fazer mas pelo menos estão limpos. Agora tens de descansar - disse, enquanto passava o pano pelo pulso. - Mereces uma longa pausa. 
- Tu também. 
- Não - abanou a cabeça, com um sorriso. - Eu não faço nada a não ser trazer problemas para vocês. Eu tenho o meu descanso quando vocês tiverem o vosso. Pronto - passou os polegares pelos pulsos limpos dela. - Não sei se devias colocar algo à volta disso ou deixar respirar. A minha...
- Obrigada - disse ela, interrompendo-o. - E eu sei que deve ter sido difícil deixar a Catarina ir-se embora - ela levantou-se. Um silêncio tenso encheu um ar. - Obrigada, outra vez. 
     Violet caminhou até à porta feita de tecido. 
- Violet - Troy chamou antes de ela sair. O seu vestido balançou ao seu movimento e um fio de cabelo ondulado caiu pelas costas abaixo. Ele tinha nos lábios uma frase que paralisou-o um pouco e deixou-o assustado e, por isso, acabou por dizer algo totalmente ao contrário daquilo que queria. - Aa... Sabes do Ryan? 
- Está a dormir. Ele quis ficar ao teu lado mas acabou por adormecer. 
- Está bem, obrigado - e ela saiu. 


◄◊► 



     A areia envolvia Melody perigosamente. No entanto, ela não parecia importar-se. Ela via os olhos vermelhos por toda a parte, em cada espaço que a areia deixava no ar e em si mesma. Ela já não tinha medo. Quando Ryan pediu-lhe para chamar a criatura, ela percebeu que o medo dela só existia porque não confiava em si mesma. Ela confiou e a criatura apareceu ajudando o grupo e não atacando-o. Melody vivia em constante medo que a criatura voltasse a aparecer. Agora que ela aceitou o monstro e o medo, como parte dela própria e Melody Brown podia finalmente avançar. 
     Ela sentia cada grão de areia e pó rodopiar à volta dela e pela areia o monstro transformou-se em algo que Melody nunca pensava ver: o primeiro e Original, Marte. 
     O cabelo castanho dele estava puxado para trás. Os olhos, castanho-avermelhado, brilhavam para ela e um sorriso muito discreto formava-se-lhe nos lábios. Trazia vestes demasiado únicas para não serem da época em que ele viveu. 
- Olá, Melody Skye Brown - pronunciou num tom de voz peculiar e grave. 
- Marte - disse ela, completamente surpreendida. 
- Não precisas de ficar tão espantada. Só sou um espírito. Tu é que és Marte, agora. 
- Sim, mas você é o Original... Eu sou uma mera...
- Para, por favor - disse com a mão levantada. - Isto não é sobre mim e sim sobre ti. Tu cometeste um grave erro ao deixar o Planeta sem ter completado o teste e acho que aprendeste a lição - pausou. - Isto não é um sermão, Filha do Sol. Muito pelo contrário, isto é uma forma de saberes que superaste o teste. E nem precisavas de ter visitado o Planeta. 
- Como assim? 
- Quando chamaste a criatura, nesse momento, aceitaste-o como teu. Esse era o teu teste. Encarar o medo que tu tinhas de falhar. Agora, Marte é teu por completo e espero que seja para sempre.
    Melody prendeu a respiração ao ouvir as palavras do Original. As palavras não lhe saiam da boca. Sentia-se feliz e orgulhosa. Tinha, de facto, passado no teste finalmente. 
- Obrigada, Marte - agradeceu, por fim. - A minha família está bem? 
- Sim, não te preocupes. Agora vai. Volta para os teus amigos e para a tua irmã.  
- Eu não sei como voltar... 
- Vai da mesma maneira que vieste. Ultrapassar a barreira de Lymph não é assim tão difícil quanto parece - Marte desfez-se em luz e areia, desaparecendo. 

     Melody ouviu um assobio dum vento longínquo e o brilho do seu pai iluminou um canto de Marte. Ele estava ali, tão perto e tão distante dela e ela desejava poder ir abraçá-lo e ficar no calor dos seus braços. Tinha saudades de estar no conforto da sua casa com a mãe a contar-lhe histórias sobre as aventuras do pai no trabalho dela. Tinha saudades do conforto da sua cama, do quentinho e da brisa no jardim. Mas não podia voltar agora. Violet tinha sido libertada à menos de uma hora e ela já estava aqui, longe da irmã que precisa dela. Melody pensou em Qaya e os seus pés levantaram do chão. Sentia agora um conforto pelos elementos que a rodeavam, como se tudo estivesse ligado a ela por uma fio grosso e inquebrável. Melody sentia a sua ligação com o Planeta a aumentar cada vez mais. A areia debaixo dos seus pés subiram como uma pequena torre e contornaram o seu corpo rodopiando em volta dela. Melody pensou em Qaya e ela subiu mais alto, com uma luz a nascer à volta dela - uma luz tão forte que se podia comparar à luz do grande Sol. Melody ascendeu mais e com um brilho tão belo quanto o pôr do sol, ela viu-se a ultrapassar o misto de cores da barreira de Lymph. Fechou os olhos e, quando os abriu, viu a sua gémea a dormitar agarrada à sua túnica. 


◄◊► 



- Voltaste.
     Melody virou-se e viu Axel a usar um sorriso charmoso.
-  Estiveste à minha espera?
- Talvez - respondeu ao encolher os ombros. - Ainda não sei o teu nome.
    Melody analisou-o. Ele estava claramente a meter-se com ela. Cabia a ela agora decidir se devia deixá-lo continuar com a lengalenga dele ou colocar um limite. No fundo, ela gostava da diversão que ele lhe trazia.
- Melody - acabou por dizer.
- Axel - disse, e colocou uma mão no coração e curvou-se numa espécie de vénia, sempre a fitá-la.
     Melody revirou os olhos e colocou um sorriso matreiro nos lábios.
- Vou-me deitar. Boa noite, Axel.
- Com esse vestido?
- Eu tenho outras roupas.
- Limpas? - Melody conheceu um silêncio constrangedor. - Bem me parecia. Anda comigo, Melody - pediu ele. - Eu não mordo. Geralmente, pelo menos - os olhos dele brilharam.
     Melody passou a mão pela testa. Precisava de roupas limpas mas no estado em que tinha o corpo, de que valiam? Já não tinha um banho à dias.
- Convence-me melhor amanhã. Boa noite. - Ela entrou no quarto onde a irmã dormia sem olhar para trás. Axel ficou algum tempo a olhar para o longo tecido grosso e gasto que o separava de Melody, incapaz de pensar noutra coisa sem ser nela.


    ◄◊►


     A manhã nasceu. Melody acordou mais cedo do que toda a gente e decidiu explorar. Na noite anterior ela viu como se chegava lá mas não prestou atenção a detalhes, estava com a mente sobrecarregada. Saiu do quarto com o vestido despido e com apenas um top e umas calças justas vestidas. Ela já não se importava com a areia entre os seus dedos. Davam-lhe uma sensação de segurança, agora. 
     Os quartos estavam dispostos em U sendo que no meio encontrava-se uma fogueira que agora nada ardia.  O quarto das gémeas e do Ryan ficavam na ala direita, enquanto que Troy dormia na ala esquerda onde os quartos do Axel e do Pierre ficavam. Existiam alguns bancos longos dispostos perto da fogueira e o único quarto que tinha uma porta decente era no meio do U. Ela sabia que Rouge e Kade dormiam ao lado desse quarto, portanto devia ser uma sala onde se guardava comida ou armas. Talvez tesouros. 
      Melody caminhou para fora da zona dos quartos. Uma longa parede decorada por plantas cercava o lado esquerdo e do outro lado havia várias árvores e plantas de vários tons de verde. A luz dançava entre as folhas. Ela começou a caminhar para a terra que se misturava com a areia. Estava tão fresco na sombra que Melody podia ficar ali horas. 
- Bom dia, princesa - disse-lhe Axel, ao ouvindo, num tom brincalhão. 
     Ela assustou-se com a voz quente dele no seu ouvido. 
- Bom dia, Axel. 
- Acordaste cedo. 
- Tu também - ela começou a caminhar. Flores coloridas começavam a aparecer no caminho. Axel seguia-a enquanto cortava, o que lhe parecia ser, uma maçã verde. Ele estendeu-lhe um pedaço. Melody ficou hesitante. 
- O que foi? Não gostas? 
- É que da última vez que comi uma fruta de cá as coisas não correram lá muito bem. 
- Achas que eu te daria algo venenoso? Toma lá. - Melody aceitou por fim. Colocou o pedaço na boca e o sabor era parecido com o da maçã mas dava-lhe a leve sensação de que não era. 
     Melody parou num local onde as árvores formavam um círculo quase perfeito e a luz incidia naquele local tornando-o mágico. Axel apreciava outra vista que não a luz. Ele pegou-lhe na mão. Melody virou-se para ele com a mesma rapidez com que tirou a sua mão da dele. 
- Só quero mostrar-te um lugar - disse ele. Esticou-lhe a mão. Os olhos cinzentos dele pareciam um nevoeiro branco misterioso, uma nuvem apaziguadora e pérolas reluzentes.  Melody sabia que ele não lhe ia fazer mal. A maneira como ele a abordava deixava-a insegura, talvez vulnerável e até receosa. Mas acima de tudo sentia-se lisonjeada e curiosa. Ela queria saber mais sobre os sentimentos que começavam a florir no território que ele nunca tinha explorado assim antes. Melody agarrou na mão dele. Axel sorriu, satisfeito.
- Espero que saibas nadar. Se não souberes eu ensino-te - disse-lhe enquanto corriam numa direcção. Axel piscou-lhe o olho. - Aqui estamos, Melody. 
     Uma cascata fluía formando um lago rodeado de plantas verdes e alguma areia. Melody ficou perplexa. O cheiro a fresco e plantas era predominante e estar perto daquela água era suficiente para Melody sentir-se revigorada. Só lhe apetecia correr e enfiar-se na água e foi exactamente o que ela fez. A água estava fresca e pura e ela logo sentiu a sujeira a sair-lhe do corpo como a pele duma cobra. Mergulhou duas vezes antes de chamar Axel que estava parado a olhar para ela com um sorriso parvo. 
- Vens ou não? 
- Claro que sim - murmurou só para ele. Tirou a camisola e mergulhou no lago. 
- Não tens um champô, por acaso? - Axel fez uma cara confusa. Melody sorriu. - Esquece. - Ela mergulhou de novo. Sabia tão bem ter a água a correr pelo corpo. 
- Se achas isto fantástico, espera até veres a gruta - disse. 
     Os olhos de Melody reagiram mais rápido do que qualquer outra coisa mostrando o seu entusiasmo. 


◄◊► 



      Troy não conseguia sair daquelas quatro paredes. Tinha dormido no máximo umas três horas. Sentia-se cansado agora que a luz voltara mas não conseguia dormir. Ele estava sentado na cama com os olhos vidrados num ponto do quarto a reviver vários momentos que o marcaram quando Kade entrou. Troy deu um salto quase imperceptível. 
- Tema - disse ele. 
- Troy - corrigiu quase automaticamente. 
     Kade sentou-se no canto da cama como se nem o tivesse ouvido. Troy reparou que ele tinha os lados da cabeça rapados, inclusive a parte de trás. No entanto, tinha cabelo suficiente para lhe cair madeixas pela testa e para usar um rabo de cavalo baixo. A cicatriz naquela luz saltava-lhe à vista, assim como os olhos cinzentos dele. 
- Conta-me o que aconteceu com o Tema. 
- A Violet não...
- Preciso de ouvir da tua voz. 
- Pois bem, pelo que eu sei e as pessoas me continuam a demonstrar, o Tema foi uma pessoa muito má. Ele queria eliminar o Sol e acabou por não suceder. A Tal dele morreu e ele morreu também e aqui estou eu - explicou Troy, muito resumidamente.
     Kade não falou durante alguns minutos. Parecia estar a analisar a situação e a unir pontos.
- Tu também estás aliado à Escuridão? Não vejo em ti nenhuma marca disso.
- Não - A mente dele parecia estar a funcionar no seu mínimo.
- Escuta, eu peço desculpa pelo que fiz à miúda. Eu tive os meus motivos - Troy assentiu. - A rapariga salvou a vida da minha Rouge e por isso estou em dívida com vocês. Podem desfrutar do meu espaço o tempo que precisarem. 
- Obrigado. 
     Ele olhou à volta. 
- Não mexi em nada, sem ser na cama, se for isso - apressou-se a dizer. 
- Não tinhas a tua amiga aqui contigo? Uma morena? 
     Troy estranhou a Catarina ser referida como amiga. 
- Chama-se Catarina e ela foi-se embora... 
     Kade juntou um mais um e percebeu tudo. 
- Ela é que é a tua namorada - Kade sorriu e arregalou os olhos um pouco. - Ou era. Estás em problemas, rapaz. 
     Ele no fundo percebia o que Kade queria dizer mas não disse nada. Não sabia o que dizer. Não tinha pensado nisso apesar dos seus sentimentos florirem sem o seu consentimento. 
      Kade deu-lhe leves palmadinhas no joelho. 
- Se precisares de conselhos sabes onde eu fico - disse ele, a levantar-se e a sair do quarto. Troy surpreendeu-se com tal simpatia. 
     Ryan entrou no quarto dele ao mesmo tempo que Kade saia. 
- Kade - disse Ryan muito sério. O outro nem lhe dirigiu o olhar. - Evans! - exclamou ele cheio de entusiasmo. - Tens de parar de desmaiar do nada. 
- Desculpa - pediu. - Dormiste bem? A Violet disse que tinhas adormecido. 
- Lindamente. Mas pela tua cara já vi que tu não. 
- Preciso dum banho. 
- Somos dois. Onde está a Catarina? 
     Troy enfiou a cara nas mãos. - Eu meio que a mandei para a Terra. 
     Ryan abriu a boca de espanto sem querer acreditar. 
- Ela não te matou durante o processo? Estou surpreendido. 
- Somos dois. Naquela altura julguei estar a fazer o correcto e ainda julgo. Mas...
- Tens saudades dela. Quer dizer, não acho que tenha sido a tua melhor ideia mas pelo menos ela está segura na Terra - comentou. - Devia sentir-me desprezado por não zelares pela minha protecção, Evans?


◄◊►



     Passado uns trinta minutos, os dois começaram a debater-se com a fome. Decidiram ir espreitar lá fora onde poderiam is comer e viram Melody a chegar com Axel totalmente encharcados. Eles viam a rir-se. Melody ao ver Ryan conteve o sorriso. Ambos tiveram a sensação de estar a reviver aquele momento com o olhar preso um no outro. No entanto, daquela vez, Ryan não lhe enviou nenhum olhar aborrecido. Nenhum dos dois reparou no olhar intrigado que Axel lhes lançou.
- Já estão todos de pé, ótimo. Que tal irmos comer? - disse Troy, totalmente de fora da bolha que envolvia o seu melhor amigo e a personificação de Marte.
- Eu vou trocar de roupa. Melody, precisas...
- Sim. Obrigada. - falou apressadamente e seguiu Axel para o quarto dele.
     Troy olhou para o melhor amigo.
- Está tudo bem, Bennett? - perguntou ao dar-lhe uma cotovelada.
- Sim...aa... Claro, claro. É melhor alguém ir chamar a Violet.
- Eu vou. Em que quarto é que é?
- Este aqui - e apontou para um quarto um pouco mais à frente de onde estavam.
- Espera aqui - ele entrou no quarto, puxando o grande pano de lado. - Violet - chamou. - Estás acordada?
     A luz era surpreendentemente fraca no quarto dela. As janelas encontravam-se fechadas e a única luz provinha dos buracos existentes na porta de tecido. Ele só conseguia ver o vestido lilás dela a cair e a ficar cada vez mais dourado na bainha. Ele aproximou-se da cama e viu a cara dela aninhada nos braços com madeixas de cabelo a taparem-lhe o rosto. Troy moveu-lhe o cabelo da cara e Violet estremeceu, acordando. Ela piscou os olhos que ficaram iluminados por um espectro de luz. O azul do seu olhar misturado com o dominante âmbar brilhou para ele.
- Troy?
- Anda, toca a levantar. Vamos comer.
     Violet passou as mãos pela cara numa tentativa de fugir da luz e afastar o sono.
- A Melody voltou? - sentou-se. - Caí na cama e não fiz mais nada - disse ao passar a palma da mão no olho esquerdo.
- Voltou, sim - Troy levantou-se e esticou-lhe a mão. Violet pegou nela e saiu da cama. Os dois ficaram com as mãos agarradas uma na outra. Os dedos moveram-se entre si sem nenhum deles conseguir impedir. O coração de Violet queria sair-lhe do peito. Troy não queria largar mas ao mesmo tempo sentia que não era o momento e, portanto, retirou a mão da dela. - Vamos. Devem estar à nossa espera. 

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