Delírios de Amor - XXXXVIII

Iara: Anormal. Estás bem Fábio?
Fábio: Estou ótimo. Se ele vier falar contigo avisa-me, não quero ele perto de ti.
Iara: Sim eu aviso, mas não posso andar contigo atrás. Eu sei defender-me sozinha.
Fábio: Eu sei que sim, mas é sempre para ter aqui o boss ao pé de ti - puxando-me pela cintura para ele.
Iara: Olha só a fé! - Aproximou-se para me dar um beijo. - Tenho de ir para a aula, kiss! - deixando-o pendurado.

 Ia recebendo cada vez mais mensagens do Pedro durante o dia, até que foram diminuindo pouco a pouco até não o ver mais na escola.
 Três meses passaram, eu e o Fábio estávamos com um relacionamento cada vez mais sério, o Lourenço acabou conquistando a Mia e o Pedro desapareceu do mapa. Até da escola.
 Faltavam três dias para o Natal e eu ainda não tinha comprado a prenda para o Lourenço e para o Fábio e nem para a V, que lindo! Não esperava encontrar nada de jeito nas lojas, mas mesmo assim fui ao shopping na esperança de algo bom. Levei a minha mãe para ela comprar o resto das prendas, não queria escolher sozinha os presentes.

Carolina: Iara, queres ir a que loja primeiro? - no elevador.
Iara: Não sei mãe, vou a qualquer uma, desde que encontre algo com a cara deles.
Carolina: Já tens o resto dos presentes?
Iara: Sim, o teu, o do pai e o do Diogo já estão na árvore. Olha acho que vou levar a Angel e o Benny lá para casa, não os quero sozinhos em casa de novo.
Carolina: São muito traquinos? Ahah.
Iara: Quando estou com eles não, agora quando ficam sozinhos em casa ui! - a sair do elevador.
Carolina: Olha, vamos ali à Pull e béár comprar um casaco para o teu irmão.
Iara: Ahahahahahaha ! Mãe é Pull and Bear que se diz! Ahaha.
Carolina: Estás a rir do quê?!
Iara: Ahah, nada mãe, nada!
Carolina: Hum, vamos lá ver.

 Entrámos na loja e por surpresa minha tinha coisas muito giras que pensava que estavam esgotadas à dias. Aproveitei e comprei um casaco cinzento de malha para o Fábio, ele disse-me que queria alguma coisa de malha e encontrei a coisa perfeita para ele. Já para o Lourenço não vi nada que fosse a "cara" dele, e para a Vanessa a mesma coisa.

Iara: Vamos à Mango ver se há roupa para a V.
Carolina: Sabes que podes dar outra coisa sem ser roupa não sabes?
Iara: Sei, mas já pensei nisso. Mas não quero dar dessas coisas.
Carolina: Porquê? Ficava tão bonito.
Iara: Oh mãe, fogo agora tás-me a baralhar com um monte de ideias! Não o faças.
Carolina: Deves ter nascido loira e eu não reparei, credo.
Iara: Ah-ah-ah, olha a piada.

 Entrámos na Mango e logo na entrada vi o último vestido perfeito para o Ano Novo no canto da loja. Quando dirigi-me à caixa para pagar dei de caras com o colar mais lindo que combinava perfeitamente com o vestido. Ela ia amar, tinha a certeza! Agora só faltava a prenda do Lourenço.

Iara: Ao Lourenço vou comprar um cap, que lembrei-me mesmo agora que ele queria um novo. E talvez um perfume.
Carolina: Um quê?
Iara: Tipo boné.
Carolina: Mas não está sol.
Iara: Mãe, isso usa-se com sol ou sem sol, tanto faz.
Carolina: Ah, se tu o dizes.
Iara: Ya.

 Comprei-lhe um cap branco meio cinzento, com letras roxas assim como a pala que dizia uma cena qualquer. Achei-o bonito e comprei, ele há-de gostar de qualquer maneira. Já o perfume comprei um Calvin Klein, aproveitei a baixa do preço.

 Os restantes dias passaram rápido, quando dei por mim era manhã da véspera de Natal. Acordei com uma chamada do Fábio, bem de manhãzinha.

Fábio: Bom dia princesa! Feliz Natal.
Iara: Bom dia príncipe - disse, rouca. - Feliz Natal meu amor.
Fábio: Dormiste bem ?
Iara: Sim, e tu ?
Fábio: Também.
Iara: Ainda bem bebé.
Fábio: Vou dar-te o teu presente hoje, mas eu mando mensagem na hora certa esta bem?
Iara: Hum, o que é?
Fábio: Curiosidade matou a gata.
Iara: Cala-te, não digas que vais matar a Angel, estúpido.
Fábio: Não sejas parva, ahah, depois falamos, amo-te.
Iara: Ahah, esta bem então, beijinhos, amo-te muito.

  Estou tão ansiosa pelos presentes, ai!

Carolina: Iara! Acordas-te? Iara?!
Iara: Sim acordei! - logo de manhã na gritaria, sempre foi assim em casa dos meus pais.
Carolina: Então anda ajudar-me com o peru!
Iara: Nem penses! Vou arranjar-me e ter com o Lourenço, já te tinha dito! Volto na hora de almoço para ajudar nas coisas!

 Arranjei-me rápido, mandei-lhe mensagem a avisar que estava a ir para a casa dele e saí de casa antes que a minha mãe me atasse à cadeira obrigando-me a fazer doces ou whatever.

Iara: Lourenço! Abre-me esta porta já! Lourenço! - liguei-lhe pela 90982309183 vez, e mesmo assim ele não abria a porcaria da porta. - LOURENÇO, ABRE JÁ A PORTA URSO!
Lourenço: Olá Iara, estavas aí à muito tempo? E... trouxeste a minha prenda né? - sonolento e despreocupadamente a sorrir para mim como nada fosse.
Iara: Estás a gozar com a minha cara, certo?!
Lourenço: Han? Gozar? Tás toda parva logo de manhã, entra.
Iara: Jesus o proteja das minhas mãos, ai.

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