Delírios de Amor - XVI

 Fomos agarrados um ao outro até ao café ou lá o que era, do hospital e pedimos o que queríamos. Paguei e fomos até à sala onde os meus pais estavam.

Pedro: Aiii, fala qualquer coisa. Que silêncio mais chato ! Ahah .
Iara: Ahah , queres que diga o quê ?
Pedro: O que te vier à cabeça !
  Sorri para mim com ar de gozo.
Iara: O Benfica não presta ?
Pedro: ÓBVIO que não . - Acentuou mais o "óbvio" e depois riu-se para mim. Eu era do Sporting, daí a dizer que não gosto do Benfica. Desculpem a quem é do Benfica, mas ele não presta mesmo (: - Aliás, Benfica, bem nem vou comentar antes que diga muita porcaria. Ahahah .
Iara: É melhor é. Ahahah.
Pedro: As saudads que eu já tinha disto, Iara.
 Sorri-lhe.
Iara: Tu nem tinhas noção das saudades que eu tinha de ti, das tuas palavras, do teu sorriso, do teu carinho, dos teus braços, bem de ti mesmo.
 Comecei a corar, e olhei-lhe nos olhos. Eram tão belos, brilhavam tanto. Ai mãe, como ele era lindo. Para mim ele é como um Deus grego. Tipo, não dá para explicar, sorry .
Pedro: Nem vou começar a falar das saudades que tinha de ouvir-te dizer tudo o que me dizias durante noites e noites. Amor, obrigado por esta segunda oportunidade. Prometo-te, que nunca mais te desiludo e que quero-te sempre comigo, para o que der e vier.
  Eu beijei-o como nunca o tinha feito. Sentia tamanha felicidade dentro de mim que nem me cabia. Larguei o saco que tinha com as águas e os petiscos, e coloquei as minhas mãos na sua nuca. Remexi no seu cabelo castanho claro, quase loiro, sentia-me tão bem. Quando terminámos o beijo, continuei uns segundos de olhos fechados a sorrir para ele. Sentia que me olhava e sorria. Abri os olhos e vi o seu olhar cruzar o meu, não precisávamos de palavras para saber o que estava nas nossas mentes naquele lindo momento. Num instante ele agarrou no saco com as coisas e voltou a colocar o braço à minha volta. Dei-lhe um beijinho na cara e fomos para a sala de espera.
 Quando lá chegámos, os meus pais não estavam lá e fiquei preocupada.

Iara: Boa, agora desapareceram.
Pedro: Se calhar foram à casa de banho.
Iara: Os dois ?
Pedro: Sei lá, se calhar amam-se tanto que até precisam de ir à casa de banho juntos porque não aguentam a saudade ahahah.
Iara: Ahah, parvo. Mas pode ter acontecido alguma coisa com a minha mãe e eles irem de urgência ver um médico, e ela precidar de ...
 Ele interrompeu-me enquanto falava sobre coisas pessimistas que podiam acontecer.
Pedro: Iara, Iara, chega sim ? Nada aconteceu.
Iara: Como tens tanta a certeza ?
Pedro: Os teus pais estão ali a vir em direcção a nós, agora mesmo.
 Ele apontou-me para a porta que vai dar aos quartos dos pacientes.
Eduardo: Ainda bem que já chegaram. Iara, o Diogo pode receber visitas, mas só pode entrar uma pessoa de cada vez. Só viemos aqui avisar porque logo depois de comer é a vez da tua mãe lá ir.
Iara: Que bom, então eu depois vou. Mas estou a ficar cansada e com sono.
Pedro: Não queres ir para casa e amanhã de manhã vens aqui visitá-lo ?
Carolina: Talvez seja melhor assim, vais a casa, tomas um banho, descansas e comes como deve ser e depois vens aqui visitar o teu irmão com animo.
Iara: Têm a certeza que querem assim ? Posso deixar-vos sozinhos ?
Eduardo: Nós sabemos cuidar-nos e se algo acontecer, temos médicos por todo o lado.
Pedro: O teu pai tem razão, se calhar é melhor ires para casa.
Iara: É, talvez seja melhor.
Carolina: Então vá, filha. Descansa, boa noite.
 Deu-me um beijinho, tal como o meu pai.
Pedro: Então vamos. Boa noite .
  Fomos no carro dele, e fomos a ouvir 30 Seconds To Mars o caminho todo. Sabia as músicas quase todas de cor do disco This Is War.

Iara: We are the Kiiiiiiiiiiiiiiigs and Queeeeens ...
Pedro: Meu Deus, cala-te ahahahahah. Eu canto melhor que tu.
Iara: Ahah, querias.
 Continuei que nem uma doida a cantar, até que ele finalmente decidiu cantar comigo. Mas sempre com atenção na estrada, ele é um óptimo condutor. Ele, vai-me ensinar a conduzir porque sim, ainda não sei.
Iara:  Quando é que me ensinas a conduzir ?
Pedro: Quando me pedires com mesmo muito jeitinho.
Iara: Então aqui vai : Pedro do meu coração, meu amor, minha vida, meu tudo, ensinas-me a conduzir, por favor ? - Estava a conter-me para não desatar a rir.
Pedro: Ahahahhaha , mas é claro que sim, meu amor.
 Desatámos a rir os dois.
 Num instante chegámos à casa dele. Só reparei que íamos para a dele quando lá cheguei.
Iara: Já tinha saudades deste sítio.
Pedro: Este sítio já tinha saudades tuas.
 Sorrimos. Entrámos, e fui directa para o quarto dele. No seu armário ainda estava algumas roupas minhas.
Iara: Ainda tens aqui estas roupas, omg.
Pedro: Claro, foi para me lembrar de ti.

 continua. 

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