Underneath: Qaya #34
Júpiter estava acompanhado por Sol, Úrano e Mercúrio no jardim enquanto que Catarina, Luna e Terra estavam a preparar o almoço. A certa altura, Catarina começou a ponderar se haveria um almoço se não fosse pela Terra. Luna mal sabia combinar temperos (ou o nome deles e que sabor tinham) ou fazer um bom arroz. Ela tinha queimado as primeiras duas tentativas.
Catarina não tinha pensando bem na questão dos Planetas até aquele momento. Estar na presença de Terra ou de Luna já era bastante avassalador quanto mais ter o maior Planeta do Sistema Solar atrás si. Associar as pessoas à sua frente aos planetas telúricos ou gasosos ainda não tinha entrado por completo na sua cabeça. E todos estes sentimentos confluíam para um outro muito menos satisfatório, com o rosto dele a dizer-lhe adeus.
- Luna porque não vais ver se eles precisam de alguma coisa? Deixa-me tratar desses bifes e... tudo o resto.
- Obrigada - disse, com uma expressão aliviada e atrapalhada no rosto.
Luna saiu da cozinha e deslizou para os braços do seu amado. O cabelo negro dela agora era a única coisa que se via, até Luna virar o rosto para contemplar o sorriso meigo que ambos partilhavam um com o outro.
- Eles são maravilhosos não são? Encaixam perfeitamente - comentou Terra, a trazer Catarina de volta dos seus pensamentos.
- Como é que eles se encontraram um ao outro? - ela perguntou.
- Aposto que sabes a história.
- Mais ou menos. Eles derrotaram o Tema, não foi?
- Sim. Foi por causa dele que os caminhos da Luna e do Sol se cruzaram.
- Se o Tema não tivesse aparecido, eles teriam ficado juntos na mesma?
- Talvez sim, talvez não. Se o Tema não tivesse aparecido se calhar a Luna nem existiria.
Catarina ficou a fitá-los por instantes, admirando a ligação que os unia de uma forma quase física.
Catarina ficou a fitá-los por instantes, admirando a ligação que os unia de uma forma quase física.
- Consegues imaginar o Sol com outra pessoa?
- Não. Mas nesta vida eles são Tais, assim como noutra poderiam nem se ter conhecido.
- Tais?
- Como dizem, alma gémea, cara metade.
Será Violet a Tal do Troy? Será essa a razão por detrás das acções dele?
- Uma pessoa que encontra a sua Tal pode amar outra?
- Claro. Olha para aqueles os dois que se amam mais que tudo e no entanto conseguem amar ainda mais as suas filhas.
- Não... Tipo...
- De forma romântica? - ela adivinhou. - Não. Eu nunca experimentei tal coisa, mas sei que encontrar o Tal é a melhor e a pior coisa que te alguma vez pode acontecer. Logo, não há nada que se compare - Terra ficou a observar o rosto da rapariga. Ela parecia um tanto triste e Jade sabia que no coração e na cabeça dela passava-se algo. - O Troy trouxe-te de volta para te proteger. Isso não quer dizer que ele não te ame. Acho que ele se preocupa muito contigo para seres a única sã e salva do caos que se passa e se vai passar em Lymph.
- Não o suficiente, acho eu - ela disse, muito baixinho. - E não estou sã e salva. Basta sair por aquela porta que corro o perigo de vir a ser raptada pelo maior Planeta do Sistema Solar - comentou, chateada, a tentar mudar de assunto.
Jade sorriu.
- Passas-me o sal, se faz favor? - Catarina entregou-lho. - Tenho a certeza que ele vai sair daqui com as ideias mudadas - disse ela, a temperar os bifes.
◄◊►
Ryan resmungou.
- Ryan?
Ele abriu os olhos. A luz ardeu nos seus olhos.
- Onde... - murmurou, ao sentar-se na cama. - Melody? Onde está o Troy? - ele percorreu o quarto e não o encontrou.
- Tu desmaiaste na floresta e ficaste ferido. Severamente. O teu coração estava a palpitar demasiado rápido.
- Eu...Eu não me lembro - Ryan passou a mão pelos olhos irritados. - Desculpem - pediu, ao ver os olhares ralados das gémeas.
- Dói-te alguma coisa? - perguntou Violet. - Eu usei o meu poder mas nunca se sabe.
- Não me dói nada. Obrigado, Violet.
Melody levantou-se da cadeira e saiu do quarto. Violet baixou o olhar e Axel foi atrás dela.
- O que se passa com a Melody? - Ryan perguntou, depois de Axel sair.
- Pregaste-lhe um susto. Ela não gostou da sensação.
- Eu não fiz por mal... Só queria encontrar o Troy. Eu...
- Ryan, eu sei - Violet interrompeu-o. - Ela também sabe. A Mel só precisa de se acalmar - Violet sorriu. - Tens o jantar na mesa. Amanhã partimos para a vila. Descansa enquanto podes - ela apertou a mão dele e saiu do quarto.
- Melody, espera - ele agarrou a mão dela. - Vem comigo - Axel conduziu-os para o quarto dele.
- O que se passa?
- Isso pergunto-te eu. Não achas que estás a exagerar? O rapaz está bem.
- Eu sei que ele está bem - Melody tentava ao máximo não fitar Axel nos olhos.
- Então qual é o problema? - ele pegou-lhe as mãos. Melody deixou-se ficar e então largou-as.
- Eu preciso de ir dormir. Já é tarde.
- Está bem. Amanhã falamos?
- Sim. Não vou armar-me em Ryan e ir embora do nada - disse, furiosa.
- Ele afecta-te mesmo - disse ele baixinho. Melody não o ouviu.
- Boa noite, Axel - ela saiu.
- Boa noite - disse ele.
Ryan ficou a observar tudo e nada à sua volta. O ar parecia limpo desta vez. Os olhos dele não detectavam nada de errado. O nevoeiro não existia. O gelo à volta dele tinha sido uma ilusão. E, no entanto, ao encarar as suas mãos, tudo o que ele via era um brilho desconhecido e chamas azuis. Ryan mentiu. Ele lembrava-se.
Ao integrar-se na floresta, ela atacou-o. Ryan era um intruso entre as plantas e as árvores, os animais e os insectos. Por mais picadas que ele tivesse levado, nada o teria impedido de ver o que viu. De sentir o que sentiu. Das suas mãos saíram energia e gelo, fumo e completo terror. O pior nem foi o enxame que o atacou, mas sim ter ferido a si próprio com poderes que nem deveria ter. Poderes? Não, não podia ser...
Ryan colocou as mãos na cabeça. Não sentia nada. Não sentia nenhuma mudança, nenhuma dor. Violet curou-o de tudo menos de si próprio. As suas alucinações tinham voltado depois de tanto tempo sem um ataque... Ryan chegou a pensar que estava a progredir. A este ponto, ele tinha algum receio de fechar os olhos.
Ele levantou-se e pegou no tabuleiro de madeira com um prato com comida. Ainda estava quente e cheirava maravilhosamente. Espreitou lá fora e viu fumo a sair da fogueira apagada. Estavam todos a dormir ou pelo menos nos seus quartos. Ryan caminhou para o banco e sentou-se. Não tinha fome mas obrigou-se a comer. Uma estrela cadente atravessou o céu.
Enquanto os meteoros atravessavam o céu, Melody observava-os pela janela do seu quarto com a cabeça noutro local. A irmã fingia que dormia para não perturbá-la com perguntas. As velas e as luzes do seu quarto estavam apagadas e a única luz era a das estrelas. Da janela, Melody não conseguia ver o brilhante astro que ilumina Qaya durante as suas horas nocturnas. Mas naquele momento a chuva de meteoros bastava. Um por um eles faziam o seu caminho pelo céu e Melody não conseguia perceber porque é que estava tão chateada.
Assim que a chuva terminou, Ryan pegou no tabuleiro e levou-o para o quarto. Apagou as velas e desligou os candeeiros a gás. A luz nocturna preencheu o quarto e ele deitou-se na cama. Estava uma noite fresca. A cama aconchegou-o ao preencher-se com o calor dele e Ryan adormeceu mais cedo do que esperava.
- Melody, espera - ele agarrou a mão dela. - Vem comigo - Axel conduziu-os para o quarto dele.
- O que se passa?
- Isso pergunto-te eu. Não achas que estás a exagerar? O rapaz está bem.
- Eu sei que ele está bem - Melody tentava ao máximo não fitar Axel nos olhos.
- Então qual é o problema? - ele pegou-lhe as mãos. Melody deixou-se ficar e então largou-as.
- Eu preciso de ir dormir. Já é tarde.
- Está bem. Amanhã falamos?
- Sim. Não vou armar-me em Ryan e ir embora do nada - disse, furiosa.
- Ele afecta-te mesmo - disse ele baixinho. Melody não o ouviu.
- Boa noite, Axel - ela saiu.
- Boa noite - disse ele.
◄◊►
Ryan ficou a observar tudo e nada à sua volta. O ar parecia limpo desta vez. Os olhos dele não detectavam nada de errado. O nevoeiro não existia. O gelo à volta dele tinha sido uma ilusão. E, no entanto, ao encarar as suas mãos, tudo o que ele via era um brilho desconhecido e chamas azuis. Ryan mentiu. Ele lembrava-se.
Ao integrar-se na floresta, ela atacou-o. Ryan era um intruso entre as plantas e as árvores, os animais e os insectos. Por mais picadas que ele tivesse levado, nada o teria impedido de ver o que viu. De sentir o que sentiu. Das suas mãos saíram energia e gelo, fumo e completo terror. O pior nem foi o enxame que o atacou, mas sim ter ferido a si próprio com poderes que nem deveria ter. Poderes? Não, não podia ser...
Ryan colocou as mãos na cabeça. Não sentia nada. Não sentia nenhuma mudança, nenhuma dor. Violet curou-o de tudo menos de si próprio. As suas alucinações tinham voltado depois de tanto tempo sem um ataque... Ryan chegou a pensar que estava a progredir. A este ponto, ele tinha algum receio de fechar os olhos.
Ele levantou-se e pegou no tabuleiro de madeira com um prato com comida. Ainda estava quente e cheirava maravilhosamente. Espreitou lá fora e viu fumo a sair da fogueira apagada. Estavam todos a dormir ou pelo menos nos seus quartos. Ryan caminhou para o banco e sentou-se. Não tinha fome mas obrigou-se a comer. Uma estrela cadente atravessou o céu.
Enquanto os meteoros atravessavam o céu, Melody observava-os pela janela do seu quarto com a cabeça noutro local. A irmã fingia que dormia para não perturbá-la com perguntas. As velas e as luzes do seu quarto estavam apagadas e a única luz era a das estrelas. Da janela, Melody não conseguia ver o brilhante astro que ilumina Qaya durante as suas horas nocturnas. Mas naquele momento a chuva de meteoros bastava. Um por um eles faziam o seu caminho pelo céu e Melody não conseguia perceber porque é que estava tão chateada.
Assim que a chuva terminou, Ryan pegou no tabuleiro e levou-o para o quarto. Apagou as velas e desligou os candeeiros a gás. A luz nocturna preencheu o quarto e ele deitou-se na cama. Estava uma noite fresca. A cama aconchegou-o ao preencher-se com o calor dele e Ryan adormeceu mais cedo do que esperava.
◄◊►
- Como gostas o teu bife, Juju?
- Mal passado - respondeu, a beber outro gole do vinho tinto.
Luna estendeu-lhe um prato com um bife mal passado, arroz de legumes e salada. Catarina estava a prestar mais atenção ao sabor daquele delicioso almoço do que propriamente ao homem sentado dois lugares a seguir ao dela. Sentiu o telemóvel vibrar no bolso dos calções e tinha mensagens da mãe. Respondeu discretamente que estava a almoçar na casa dos Brown. A mãe quase de certeza que não se ia lembrar das gémeas de início.
- Está tudo bem? - perguntou-lhe Jade.
- Sim. Era só a minha mãe - guardou o telemóvel. - A propósito, a comida está excelente.
- Obrigada. Mas tens de dar algum mérito a ti mesma.
- Bem - começou ela.
Urano interrompeu a sua frase.
Urano interrompeu a sua frase.
- Catarina - chamou ele.
- Sim?
- A Moony e eu estávamos mesmo agora a falar que já vimos o teu nome algures. O que andas a esconder? - perguntou a semicerrar os olhos.
- Que mundo pequenino - comentou. - Durante este ano, o meu primeiro em Artes, desenvolvemos vários projectos e pintámos vários quadros que estão expostos em algumas galerias pequenas ou em cafés. Cá é muito fácil de passar na rua e conhecer toda a gente, especialmente porque a vila reúne-se toda para conquistar os turistas que nos visitam nesta altura do ano. Portanto, é fácil pedir favores. São todos muitos receptivos dos nossos trabalhos.
- Que querido - comentou Júpiter.
- Concordo plenamente, Juju - disse Urano, a direccionar a taça de vinho ao homem loiro. - Tens de me mostrar um dos teus trabalhos, Catarina - bebeu um trago de vinho. - Aqueles que não mostras a ninguém, sabes?
- Úrano - Luna repreendeu. Catarina não percebeu se foi por causa do comentário ou de ele estar a beber demais.
- Talvez quando estiveres preparado. - Úrano sorriu. - Posso perguntar porque é que as gémeas nunca foram para a minha escola até recentemente?
- A Luna tem uma estranha relação com escolas públicas - respondeu Mercúrio, que estava sentado num dos extremos da mesa. Tinha ligaduras pelo corpo e recusou-se a colocar uma t-shirt quando Luna lhe pediu.
- Não é uma relação estranha. Eu andei numa escola pública, não tenho problemas nenhuns com elas. É uma preferência, só isso - corrigiu-o. - E é normal que não nos tenhas visto muitas vezes por aqui. A casa da minha avó fica do outro lado, perto do campo. Passámos lá bastante tempo, visto que a escola ficava para aqueles lados. - A voz dela mudou um bocadinho.
Luna recorreu ao olhar de Sol para manter o sorriso no rosto. De repente, surgiu um silêncio pela mesa inteira. Um tilintar ouviu-se.
- As batatas estão prontas. Alguém é servido? - perguntou Jade, a levantar-se da mesa.
◄◊►
- Juju, eu aconselho-te vivamente a parar com o vinho. Estamos a comer pudim!
- Cala-te - disse ele.
- Onde anda o Saturno? Ouvi dizer que ele andava a aprender línguas mortas por aí - comentou Jade. - Não o vi desde o concelho.
- Ele é um idiota. Que uso têm essas línguas? - Júpiter respondeu.
- Ele gosta de aprender. Devias começar a fazer o mesmo. O que é que fazes o dia todo, realmente? - atiçou Mercúrio, com um sorriso picante no rosto.
- Ainda bem que perguntaste, Senhor Tentativa de Suicídio - a voz dele ficou subitamente séria. O coração de Catarina começou a tremer porque sabia que ele não estava bêbado. Todos ficaram em modo alerta. Jade tinha os olhos na rapariga assim como Mercúrio e Úrano que estavam prontos para se levantarem a qualquer momento. - Pensaram mesmo que este truque ia resultar novamente?
- Catarina, subtilmente, vai para o outro lado da mesa. O Mercúrio e o Úrano vão ficar dispostos ao teu lado - disse-lhe a voz de Jade na sua cabeça.
Catarina atirou o telemóvel ao chão. Ainda sentada na cadeira, baixou-se a tentar agarrá-lo. Ela olhou de soslaio para o corpo de Júpiter e decidiu apanhar o telemóvel. Júpiter virou o seu olhar para os outros dois Planetas. Catarina então saiu do seu lugar e colocou-se no meio de Úrano e Mercúrio. Os três levantaram-se. Catarina sentiu-se rodeada por torres. Júpiter e Úrano eram especialmente altos mas Mercúrio conseguia bater-lhes.
Ela sentiu Luna pegar na sua mão. Jade colocou-se ao lado delas e Sol foi ter com o grupo de homens a rodear a mesa.
- Não precisas de fazer isto. Tu sabes perfeitamente que o Troy não é o Tema. O Tema morreu - disse Sol.
- Com toda a sinceridade Sol, eu acho que o Juju não quer saber.
- Por favor não estraguem a minha cozinha - pensou Luna, demasiado alto.
- Moony, então - comentou Úrano. - Estás a estragar o espírito.
- Não faz mal, Luna. Eu não penso demorar mais. Obrigado pelo almoço, estava ótimo - Júpiter curvou-se ligeiramente numa espécie de vénia.
O Planeta criou uma luz branca que encheu o espaço. Catarina fechou os olhos e sentiu os braços de Luna à volta dela. Ela ouviu vozes, sons, barulhos. Havia claramente alguém à porrada mas Catarina não se atreveu a abrir os olhos. Sentia o vigor da luz pelas suas pálpebras. Alguém empurrou-as. Luna apertou os braços de Catarina e por muito que lhe estivesse a doer, não queria separar-se dela. Ouviu Jade gritar, e um brilho verde surgiu. A luz dissipou-se e Catarina abriu os olhos. Estava completamente escuro. Não havia luz nenhuma. Era como se a tivessem cegado.
- Luna?! - gritou a Estrela.
- Estou aqui. Sol!
Catarina sentiu o movimento de uma mão à sua frente e foi puxada para trás. De repente começou a flutuar. Júpiter berrou. Os olhos de Catarina voltaram a ver para uma luz intensa quase os cegar novamente. Ela fechou os olhos e ao pensar que tudo estava a acabar, que Luna tinha conseguido tirá-la dali, ela viu a mão grande de Júpiter a pegar na perna da Luna.
Luna caiu. Os braços dela largaram o corpo da Catarina e Júpiter levou-a.
◄◊►
Ryan acordou. Estava a morrer de fome mas ainda era cedo para os restantes logo estavam todos a dormir. Ele queria ir à cascata mas não queria atravessar a floresta. Ryan seguiu em frente na mesma. Sentia o coração a palpitar mas chegou às águas cristalinas são e salvo. Começou a despir-se até que viu um par de olhos na água. Não demorou muito até perceber que era Melody.
- Aa, desculpa, eu... eu... vou-me embora - disse ele.
- Ryan, não estou despida - disse ela, muito secamente.
Eles ficaram a fitar-se.
- Está bem... Mas a não ser que o Axel tenha boxers eu não vou molhar os que tenho vestidos.
- Eu posso secá-los depois.
- Tudo bem, por mim - ele encolheu os ombros, despiu as calças e mergulhou. - A água está quente hoje - comentou, com o sorriso charmoso a aparecer. Melody ignorou-o. - Ainda estás zangada comigo?
- Zangada parece não se adequar ao que sinto - disse ela, a nadar para longe dele. - Como é que pudeste ser tão imprudente? Quer dizer, depois de te mostrar que o Troy está claramente diferente tu pedes-me uma promessa e vais-te embora atrás dele? Ryan, eu...
- Estavas preocupada comigo - disse ele, subitamente muito próximo dela. - Eu não queria preocupar-te, desculpa.
- Bem, mas tu fizeste-o - Melody tentou afastar-se mas Ryan conseguia manter-se sempre ao pé dela.
- Tudo bem. Como posso compensar-te?
- O quê? - ela perguntou, surpreendida.
- Como posso compensar-te? Deve haver algo que eu possa fazer para ficares bem comigo.
Ela encarou os olhos azuis dele. Compensá-la? Ela não precisava de ser compensada. Melody já tinha ficado bem com ele no momento em que Ryan abriu os olhos.
- Basta não repetires o que fizeste - respondeu, sem o encarar. - Não te magoes outra vez.
Ele sorriu.
- Está bem.
- Estás a sorrir porquê? - o sorriso dele aumentou. - Pára com isso - ela desviou o olhar, irritada. Ryan colocou-se à frente dela outra vez. - Sai daqui. Ryan, a sério... Ryan - ela sorriu de fininho.
- Assim está melhor.
- Pára - ela empurrou-o, a conter um sorriso.
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