Delírios de Amor - XV

 A caminho da sala onde se encontravam os meus pais, deparei-me com a minha mãe.
Iara: Mãe ?
Carolina: Ah, filha. Hum, estavas aí. Não te tinha visto.
Pedro: Eu vou, ah, vemos-nos na sala de espera.
 Sorri-lhe.
Iara: Mãe, que se passa ?
Carolina: Isto que estás a ver, não é nada de mais. É que, bem não sei o que se passa comigo.
Iara: Isso são comprimidos para quê ?
Carolina: Estômago.
Iara: Andas com dores ?
Carolina: Não sei bem, filha. Andei a vomitar à uns dias, e não podia vomitar mais pois sentia-me fraca e não conseguia comer, e os comprimidos ajudam-me.
Iara: Mãe nem penses em ficar viciada nesses comprimidos. Vou levar-te a uma enfermeira ou médico para te fazerem exames.
Carolina: Não é preciso, vais ver que isto passa.
Iara: Mãe, estamos num hospital, rodeado de médicos, que de certeza fazem isto passar ainda mais depressa.
Carolina: Tens razão, vá vamos lá.
   Fomos à entrada do hospital para ver se havia médicos ou tipo enfermeiras que nos atendesse e observasse a minha mãe.
Fui avisar o meu pai da situação, e ele concordou de a minha mãe ir fazer exames. Disse para eu ficar com ela que ele ficava com o Diogo. O Pedro, bem, ficou com o meu pai. Sabe-se lá a fazer o quê.
 Quando acabámos de fazer os exames da minha mãe, fomos ter com o meu pai e o Pedro.

Disse-lhe baixinho para ele ,
Iara: Foi muito mau ?
Pedro: Ahah , nem por isso. Estivemos a falar de futebol.
Iara: Ui, dispenso saber o resto.
  E rimos-nos.
Veio um Médico ter connosco.

Médico: Pais do Diogo, certo ?
Eduardo: Sim, ele melhorou, doutor ?
Médico: Hum - Ele fez um ar assim do tipo dramático para ficarmos mesmo ansiosos pela resposta. - Sim, ele melhorou bastante. A febre desceu, e em breve pode receber visitas.
Carolina:Ai Graças a Deus, obrigada doutor !
 Abraçou-se ao meu pai, e eu abracei-me ao Pedro num sorriso enorme.
Eduardo: Obrigado doutor !
Médico: É o meu trabalho, quando poderem visitar o Diogo vem aqui umA enfermeira avisar-vos.
Eduardo: Obrigado, mais uma vez.
 E saiu dali com um sorriso estampado na cara.

Pedro: Vês, eu disse que ele ia melhorar.
Iara: Obrigada, ainda bem que ele melhorou.
Pedro: Não agradeças.
 Sorrimos. Estava feliz pelo meu irmão, mas estava preocupada quanto à minha mãe. Pronto, tenho de acreditar que vai correr tudo bem.
 Fui ver o móvel, e tinha umas mensagens da Vanessa. Não me apeteceu responder a nenhuma, simplesmente disse que resolvi tudo com o Pedro porque ele cá apareceu, o meu irmão estava bem, não falei nada sobre a minha mãe, ainda não queria alarmar ninguém.
Pedro: Ouve, a tua mãe está bem ?
 Tinha-me esquecido que ele viu a minha mãe.
Iara: Ah mais ou menos.
 Não lhe vou esconder isto, mas somente ele saberá.
Pedro: O que ela tem ? Podes contar-me.
Iara: Promete-me que não contas a ninguém, por enquanto ninguém vai saber, quero que seja assim. Okay ?
Pedro: Sim, diz.
Iara: Hum, ela disse-me que à uns dias andou a vomitar e que anda a tomar comprimidos para o evitar. Disse que andava fraca, quase não comia.
Pedro: Que mau, vais ver que tudo o que se passa de mau vai passar.
Iara: Nós fomos fazer exames já que estamos num hospital, mas ainda não temos os resultados.
Pedro: Vais ver que não é nada de especial.
Iara: Bem, espero que sim.
Pedro: Vais ver que sim .
 Beijou-me.
Dei finalmente atenção a mim e reparei que tinha fome.
Iara: Vamos comer, tenho uma fome.
Pedro: Ainda agora foste buscar um sumo.
Iara: Isso foi à uma hora. E um sumo não me alimenta.
Pedro: Nota-se.
Iara: Mãe, pai, vou comer. Querem alguma coisa ?
Eduardo: Traz-me uma água, e uma coisinha para petiscar.
Iara: Mãe ?
Carolina: Hum, uma água só. Não tenho muita fome.
Iara: Tens a certeza ? Olha lá até se vendem algumas coisas de jeito.
Carolina: Não é não preciso, fico pela água.
Iara: Esta bem então, vens Pedro ?
Pedro: Sim sim .
 continua.

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