Acordou. Respirou o ar, encarou a realidade. Decidiu abrir os olhos, e arrependeu-se. Não via cor, ou motivo de viver. Como se a vida já não tivesse a sua pica. Como se a felicidade tivesse sido levada com ela, para o sol. E com o sol, a cor fugiu por entre as ondas, a diversão o mar tinha sugado, e o amor Anita tinha levado, no seu olhar. «Um dia isto passa, passa sempre» pensou Jay, e no fundo do seu ser, implorava que isso um dia acontecesse. Ele sabia que ela não voltaria. Que loucura a faria mudar de ideias, se nem o amor dele a fez? A praia naquele dia estava vazia. Tal como ele gosta. O dia não estava muito bom, condizia com o espírito de Jay. Ele olhou o céu, e viu uma tempestade a caminho. «Pode ser que me limpe a alma», disse. Como era possível, alguém da sua idade sentir-se tão depressivo como ele sentia? Será genética? Algum feitiço ou veneno? Mil e uma perguntas e nenhuma resposta. Duma coisa ele tinha a certeza: amava-a acima de tudo. Nenhuma outra rapariga o cati