inverno
com a caneca de chá quente nas minha mãos e um cobertor à minha volta, olho pela janela. o céu está escuro, assim como a minha alma. as nuvens carregadas de água, assim como os meus olhos, prontos para deitar tudo para fora. ao prevenir o mau tempo, o bom se enfraquece cada vez mais, e qualquer coisa o faria render contra a escuridão que cada vez se intensifica. é inevitável, a solidão é inevitável. já não volta a dar.
mais fácil do que pensava, eu cedi. deixei as lágrimas caírem como se não chorasse à anos. porém, o sentimento é tão familiar. o motivo do meu choro é-me tão familiar ainda.
a chuva agora caía com toda a sua força, não queria parar. queria lavar a alma e sarar. o sol queria brilhar outra vez, mas a chuva, o tempo negro não o permitia. está na hora de mudar isso. está na hora de me libertar do mal que me atormenta.
tomei um gole do meu chá e deixei as lágrimas escorrem, na esperança de secarem para sempre.
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