Quando chegou a casa não foi logo dormir, ficou a olhar para a janela tentando encontrar algo nas estrelas. Nelas viu o rosto de Anita a sorrir para si, e sorriu-lhe de volta. Sentia tantas saudades dela, amava-la tanto ainda, e queria abraçá-la mais que tudo no mundo. Agarrou nas chaves do carro, eram quatro da manhã e as luzes dos vizinhos estavam todas apagadas, assim como nas restantes casas à volta. Entrou no carro na esperança que Anita ouvisse o seu chamar e viesse vê-lo. Ele sabia que era praticamente impossível, mas a palavra impossível já era subestimada. Colocou a música deles a tocar, Shakira - La Tortura ft Alejandro Sanz. Foi com esta música que se conheceram. Estavam numa festa com amigos comuns, Jay tinha acabado com a sua namorada na altura e não lhe apetecia fazer nada e foi então que Anita apareceu, para agitar o seu mundo. Ela puxou-o para dançar a música, conheceram-se e nunca mais se largaram, até agora. Lara passou pela sua cabeça no meio disto tudo, mas a presença de Anita não se comparava com a dela no coração e mente de Jay. Quando finalmente chegou, foi para o ponto mais alto da praia, uma rochedo enorme. «Anita! Anita! Aparece, onde estás? Anita?», gritava Jay sem fôlego e só pensava no desejo de querer vê-la. Passou horas a gritar por ela, andou pela praia toda e acabou por adormecer na praia, naquela areia que coloria o seu casaco preto. Acordou com o primeiro raio de sol da manhã, com as umas mãos suaves no seu rosto. «Anita? És tu?» perguntou. Acariciou-lhe o cabelo, sorriu-lhe e disse por fim, beijando-lhe em seguida as suas bochechas rosadas, «Olá Jay». Jay levantou-se de maneira a ficar sentado, olhou para ela e abraçou-a. Ela retribui o abraço e começou a chorar. «Anita, que se passa?» disse preocupado, «Eu amo-te tanto Jay...Queria ficar assim para sempre contigo, mas não sinto que esse seja o meu lugar, o meu destino, percebes?» disse meio tímida e receosa. «Não Annie, não percebo. Se eu fosse mau para ti, te trata-se como lixo, mas não trato porque és tudo para mim», «Eu sei Jay, eu sei, e eu odeio-me por isto. És a melhor coisa que me aconteceu e eu só continuo a estragar isso. Vês? Eu nem devia ter vindo, estavas tão feliz por teres encontrado com os rapazes e até conheceste uma outra rapariga», Anita chorou mais ainda. Jay não estava a aguentar vê-la assim, não sabia o que fazer e pensou como ela soube essas coisas, mas não era isso que o preocupava mais. Pegou na cara de Annie, esfregou as lágrimas com os polegares, sorriu-lhe e beijou-a como nunca tinha feito. «Tu és a única para mim» disse Jay com um sorriso nos lábios.
Delírios de Amor - XV
A caminho da sala onde se encontravam os meus pais, deparei-me com a minha mãe. Iara: Mãe ? Carolina: Ah, filha. Hum, estavas aí. Não te tinha visto. Pedro: Eu vou, ah, vemos-nos na sala de espera. Sorri-lhe. Iara: Mãe, que se passa ? Carolina: Isto que estás a ver, não é nada de mais. É que, bem não sei o que se passa comigo. Iara: Isso são comprimidos para quê ? Carolina: Estômago. Iara: Andas com dores ? Carolina: Não sei bem, filha. Andei a vomitar à uns dias, e não podia vomitar mais pois sentia-me fraca e não conseguia comer, e os comprimidos ajudam-me. Iara: Mãe nem penses em ficar viciada nesses comprimidos. Vou levar-te a uma enfermeira ou médico para te fazerem exames. Carolina: Não é preciso, vais ver que isto passa. Iara: Mãe, estamos num hospital, rodeado de médicos, que de certeza fazem isto passar ainda mais depressa. Carolina: Tens razão, vá vamos lá. Fomos à entrada do hospital para ver se havia médicos ou tipo enfermeiras que nos...
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