Num impulso instintivo, Jay correu com a maior velocidade que conseguia e saltou para as águas frias onde estava a sua amada. Nem ligou à frieza que estava aquele mar, só olhar de Anita aquecia-lhe o mundo. Ele estava a pouco centímetros dela, e não queria tocá-la. E se fosse tudo fruto da sua imaginação? Que o seu amor o tenha feito um doido agora, e o que estiver a ver for uma ilusão? O coração fala mais alto, Jay não consegue impedir o ato de acariciar-lhe o rosto e de sorrir, sabendo que ela estava mesmo ali. Ao pé dele. Finalmente. Ele queria dizer-lhe tantas coisas, perguntar-lhe tantas coisas, mas nenhuma palavra parecia a certa. O seu infinito pensamento foi quebrado pela voz de Anita, que lhe parecia tão familiar e acolhedora. «Olá Jay», disse ela, com a maior inocência. «Porque me abandonas-te? Deixaste-me...porquê?», perguntou Jay, com a maior tristeza na sua voz e olhar. Anita largou-se das mãos de Jay que estavam na sua face e recuou um pouco, para o poder olhar melhor. Ele leu-a tão facilmente que nem palavras foram precisas saírem da sua boca. «Desculpa, eu sei todos os motivos, não devia estar a fazer-te isto», disse Jay. «Faz, e fá-lo sempre, porque quem abandona alguém como tu? Uma tola, eu. Desculpa se não te mereço, e agora já não há volta a dar, olha para mim», e solta um sorriso desajeitado e mostra-lhe o seu novo eu. «Annie, eu posso vir-te visitar todos os dias, não precisa de acabar assim, sabes disso», «Jay, eu não vou ficar aqui para sempre. Ganhei isto para me livrar disso mesmo, tenho mesmo um mar imenso para descobrir e tu não vais ficar à minha espera para sempre» deu-lhe um beijo. Jay não a largou, abraçou-a o maior tempo que pode e quando a viu nadar até ao sol, soube que tudo se tinha perdido para um longo tempo.
Delírios de Amor - XV
A caminho da sala onde se encontravam os meus pais, deparei-me com a minha mãe. Iara: Mãe ? Carolina: Ah, filha. Hum, estavas aí. Não te tinha visto. Pedro: Eu vou, ah, vemos-nos na sala de espera. Sorri-lhe. Iara: Mãe, que se passa ? Carolina: Isto que estás a ver, não é nada de mais. É que, bem não sei o que se passa comigo. Iara: Isso são comprimidos para quê ? Carolina: Estômago. Iara: Andas com dores ? Carolina: Não sei bem, filha. Andei a vomitar à uns dias, e não podia vomitar mais pois sentia-me fraca e não conseguia comer, e os comprimidos ajudam-me. Iara: Mãe nem penses em ficar viciada nesses comprimidos. Vou levar-te a uma enfermeira ou médico para te fazerem exames. Carolina: Não é preciso, vais ver que isto passa. Iara: Mãe, estamos num hospital, rodeado de médicos, que de certeza fazem isto passar ainda mais depressa. Carolina: Tens razão, vá vamos lá. Fomos à entrada do hospital para ver se havia médicos ou tipo enfermeiras que nos...
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