já era tarde de mais para algo existir entre nós. estávamos mudados de mais, havia muitas diferenças, existiam gostos opostos e o amor não era o mesmo. vi no teu olhar, o teu amor por mim a ser levado por uma brisa de perfume de lilás. os teus olhos já não brilhavam, o meu sorriso não te pertencia e o nossos corações não eram preenchidos um pelo outro. já nem o nosso beijo era igual. já não tinha saudade, amor, ternura ou preocupação. apenas algo forçado pela nossa etiqueta, namorados. e foi ao olhar para ti, esses olhos pequenos e castanhos que vi a tua resposta à minha pergunta, feita na minha mente e distribuída pelo meu olhar. sorriste-me, sorri-te. afinal, valeu a pena. vale sempre a pena lutar pelo que se quer, e eu, queria-te. e não te larguei porque encontrei alguém melhor. apenas o sentimento que fora construído já não tinha por onde se pegar, e às vezes, não era para ser. não me arrependo, e eu sei que tu também não. foi bom enquanto durou. e é nisso que temos que nos agarrar, é só isso que interessa no final de tudo. irá sempre existir aquele pequeno cantinho nos nossos corações para cada um. afinal, etiquetas são para sempre.
Delírios de Amor - XV
A caminho da sala onde se encontravam os meus pais, deparei-me com a minha mãe. Iara: Mãe ? Carolina: Ah, filha. Hum, estavas aí. Não te tinha visto. Pedro: Eu vou, ah, vemos-nos na sala de espera. Sorri-lhe. Iara: Mãe, que se passa ? Carolina: Isto que estás a ver, não é nada de mais. É que, bem não sei o que se passa comigo. Iara: Isso são comprimidos para quê ? Carolina: Estômago. Iara: Andas com dores ? Carolina: Não sei bem, filha. Andei a vomitar à uns dias, e não podia vomitar mais pois sentia-me fraca e não conseguia comer, e os comprimidos ajudam-me. Iara: Mãe nem penses em ficar viciada nesses comprimidos. Vou levar-te a uma enfermeira ou médico para te fazerem exames. Carolina: Não é preciso, vais ver que isto passa. Iara: Mãe, estamos num hospital, rodeado de médicos, que de certeza fazem isto passar ainda mais depressa. Carolina: Tens razão, vá vamos lá. Fomos à entrada do hospital para ver se havia médicos ou tipo enfermeiras que nos...
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