vi-me ali estendida no chão, implorando entre oceanos de lágrimas que voltasses para os meus braços. não suportava a ideia de ter acabado, de tudo o que construímos tivesse um fim. destruí-me completamente, tu destruíste-me completamente. não conseguia ver mais nada se não a porta, porque se ela se abrisse quem a abriria serias tu. tu e somente tu. porque significava que abriste os olhos, e viste que me fizeste mal e voltaste para corrigir esse mesmo mal. e eu esperava, esperava e esperava. segundos, minutos, horas, dias e noites a fio. esperava porque mesmo sabendo o que me fizeste eu amava-te e ninguém sabe e talvez, ou melhor, nem eu sei o tamanho do meu amor por ti. e durante essa espera, cada movimento que um simples e pequeno toque do vento fizesse só me dava mais esperança que nunca iria passar e que eu própria não queria que passasse, nunca e nunca. 
 mas tu nunca mais aparecias. passaram-se semanas, meses e nem um único sinal teu. quando me apercebi lá estava eu caída em lágrimas, com poucas forças e com desejo de desaparecer perguntando-me "o que tenho de errado?". e de tanto chorar, já quase não me restavam forças e acabei deitava na nossa cama envolvida na tua camisa preferida, aquela que não vieste buscar. com o teu cheiro senti-me reconfortada por uns momentos, relembrando todos os momentos bons e fantásticos que tivemos. e que desses momentos eu não me esquecerei. nunca. 

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