Delírios de Amor - XXI
Os meses foram passando, e estava tudo na perfeição. Ajudei o João com o aniversário com a Vanessa, eu e o Pedro andávamos melhor que nunca, o meu irmão e a minha mãe estavam bem de saúde (toda a família aliás) e não havia mais nada que desejasse.
Mas à uma semanas, tudo mudou, o mundo perfeito que vivera virou-se ao contrário. Eu e o Pedro começámos a discutir por coisas sem nexo, sem importância e cada vez mais isso era frequente.
Pedro: Iara, não entendes ?
Iara: Não há nada para entender, vê se enxergas !
Pedro: Isto é uma perda de tempo, não percebes que ele está a dar cabo de tudo ?
Iara: Não não está ! Ele é meu amigo Pedro ! Agora nem com eles posso estar sem a tua presença que pensas que te estou a trair ? O problema não sou eu, és tu !
Pedro: Óptimo, agora a culpa é minha .
Iara: Se vens com esse ar irónico falar comigo, podes começar a sair ! - E abri-lhe a porta . Não aguentava mais.
Pedro: É isso que queres ?
Iara: Óbvio que não, mas tu não me dás outra opção.
E ele saiu furioso da minha casa.
Bem, o amigo que falávamos era o Fábio. Conheci-o numa festa em que eu e a Vanessa fomos nestes meses. Começámos a falar muito, e ficámos do tipo irmãos, e o Pedro claro que ficou com ciúmes. Mas assim, já é de mais. Ele tem montes de amigas e eu não reclamo, porque sei que ele só me ama a mim, e é comigo que ele está. Só queria resolver tudo, mas não vou deixar de falar com o Fábio por causa dele.
Passaram-se semanas. Semanas essas que foi cada vez mais difícil suportar isto tudo. Combinei encontrar-me com o Pedro, com o objectivo de sair dali à volta do seu braço, feliz de novo. Foi a caminho da Esplanada, e lá estava ele, à minha espera.
Pedro: Olá, senta.
Iara: Com-licença.
Pedro: Então, estamos aqui para falar como bem vai a tua "amizade" com o Fábio ?
Iara: Pedro, pára, por favor ! Não combinei isto para discutir. Vim aqui resolver tudo, não quero estar assim contigo, sabes bem que não.
Pedro: Olha que não sei.
Iara: Não sejas assim ! Fogo Pedro, estas semanas não têm sido fáceis para nenhum de nós. Não podemos parar um pouco e conversar sobre isto ?
Pedro: Conversar sobre o quê ? O quanto gostas do Fábio e como estás feliz ao lado dele ? Queres falar de como a nossa relação era perfeita antes deste otário aparecer ?
Iara: Não falas assim dele Pedro ! Tu não o conheces, e ainda por cima não fazes o esforço ! Quero estar bem contigo, mas tu não facilitas !
Pedro: Queres que facilite ? - assenti . - Então ou sou eu ou ele ?, agora escolhe.
Iara: Estás a pedir-me para escolher entre ti e ele ? Pedro, não faças isto !
Pedro: Porquê ? Não sou eu que amas ? Não fui eu que te pediu em casamento no meio de um jardim ? Ele não te pode dar o que te dei até hoje, nunca vai puder !
Iara: Pedro , por favor, não me peças para escolher. - Estava a tentar fazer com que as lágrimas não me caíssem.
Pedro: Desculpa, mas ... é assim que tem que ser. - Levantou-se. - É melhor ir embora, quando souberes de alguma resposta, liga-me.
Já nem olhava para ele, e deixei todas as lágrimas caírem pela minha cara abaixo. Precisava de alguém, e esse alguém era o Fábio. Não sabia bem porquê, mas só queria o seu conforto naquele momento. Liguei-lhe.
Fábio: Estou ?
Iara: Fábio, sou eu . - Estava a falar aos soluços.
Fábio: Iara, que se passa ? Estás a chorar ?
Iara: Podes vir buscar-me ? Estou na Esplanada.
Fábio: Estou a caminho.
Ele chegou num instante, vi-o e fui directa a correr para os seus braços num choro incontrolável.
Iara: Não aguento mais, Fábio. Não sei o que fazer !
Fábio: Vais ver que vai tudo passar. - Afastou-me um pouco dele, limpou as minhas lágrimas com os seus dedos e sorriu-me. - Não te quero assim, vai ficar tudo bem, prometo.
Não consegui sorrir, estava demasiado triste, só abracei-o como nunca o tinha feito. Os seus braços seguravam-me sem qualquer tipo de esforço, não o queria largar e pensar que tudo iria ficar realmente bem. Ele perguntou-me se queria ir para casa e disse que não. Então fomos para a praia. Estava vento. E estava a tremer um pouco quando lá chegámos.
Fábio: Queres o meu casaco ? - Era um casaco da DC, super lindo.
Iara: Tens a certeza ?
Fábio: Vá, toma. - Tirou o casaco e ficou com uma t-shirt básica preta.
Vesti-o e estava quentinho.
Fábio: Iara, que se passou ?
Respirei fundo e contei-lhe tudo.
Fábio: Isso tudo por minha causa ? Se for preciso afasto-me, se for esse o problema .
Iara: Não ! Isso não, Fá. Não vou abandonar os meus amigos só porque o Pedro quer.
Fábio: Tens a certeza ? Talvez seja ... - Não o deixei terminar a frase.
Iara: Não Fábio, não quero que vás e o Pedro agora quer que eu o escolha ou a ele, ou a ti.
Fábio: E já sabes qual vais escolher ?
Iara: Não, eu não quero escolher. Vocês são o que melhor me aconteceu. Ele será sempre aquele com quem partilhei primeiras emoções, descobri coisas que nunca vi com mais ninguém. E já passamos por muito. Mas tu, tu és aquela pessoa simpática, alegre, divertida, amiga - E vi um sorriso a formar-se no seu rosto. -e eu não me quero desfazer desta amizade.
Abraçou-me.
Fábio: Nunca pensei conhecer ninguém como tu Iara. És uma grande amiga, e sabes que agora não vivo sem ti. - Sorri-lhe. - Mas se estou a causar problemas entre ti e o Pedro, é talvez melhor afastar-me.
Iara: Não me faças isso, tu não !
Fábio: É melhor assim, não achas ?
Iara: Não, não acho ! Tu és importante para mim, mas não é por causa do Pedro que vou deixar de te ver e de ser tua amiga ! Não posso permitir isso.
Fábio: Deves ter razão.
Iara: Eu tenho.
Continuamos a conversar sobre outras coisas, a ver se me animava. Comecei assim do nada a observá-lo de uma maneira diferente. Comecei a reparar nos seus olhos azuis esverdeados, na sua pele morena e como o seu cabelo (aquele que todos os rapazes usam) combinava com os seus olhos. Eram de um castanho escuro. Ele era alto, uns dez centímetros mais alto que eu. Eu tenho 1.70 de altura, ele tem 1.80 mais ou menos. Tinha braços fortes, tinha um corpo forte, mas não em exagero. Um corpo cuidado.
Fábio: Terra chama Iara ! Alô ?
Iara: Oh, desculpa, estava distraída .
Fábio: Eu reparei, ahah.
Iara: Mas o que disseste ?
Fábio: Se queres ir jantar, está a ficar de noite.
Iara: Ah sim, já tenho uma fome.
Fábio: Eu também !
Fomos para o carro dele, e fomos a um restaurante ali perto. Jantámos e depois fomos para minha casa ver um filme que tinha lá. No resto da noite, não pensei em nada de Pedro e nesse drama todo que estava a minha vida. Naquele momento era só eu a divertir-me com um amigo, coisa que finalmente podia fazer em paz. O filme era uma comédia, e juro que fartei-me de rir com aquilo tudo ! Depois do filme, ainda estávamos bem acordados e por isso fomos ver séries daquelas de crimes que dá na Sic e isso. Lembro-me de começar a ter sono, e começar a dormitar no sofá junto do Fábio. Depois disso, só me recordo de ter a cabeça no seu colo e de estar a dormir. Acordei na minha cama, e não sabia do paradeiro do Fábio portanto fui à procura dele. Estava a dormir no sofá, com o cobertor em cima. Não o quis acordar, e fui tratar do pequeno-almoço. Quando ele acordou já eu tinha acabado de comer e preparava-me para arrumar a cama.
Fábio: Bom dia ! Podias ter-me acordado .
Iara: Para quê ? Estavas a dormir que nem um bébé, não ia estragar isso. Tens o pequeno-almoço na mesa.
Fábio: Muito obrigado menina Iara. Ahah.
Iara: Ahah .
Depois de ele ter comido, foi ter comigo à sala.
Fábio: É melhor ir andando, né ?
Iara: Oh, por mim é na boa ficares.
Fábio: A sério ?
Iara: Sim.
Ele ficou cá em minha casa, estivemos a ver televisão e a falar, fizemos o almoço, os dois. O que fez com que a cozinha ficasse num caos total. Ele ajudou a limpar, e depois disso fomos dar uma volta por aí.
Mas à uma semanas, tudo mudou, o mundo perfeito que vivera virou-se ao contrário. Eu e o Pedro começámos a discutir por coisas sem nexo, sem importância e cada vez mais isso era frequente.
Pedro: Iara, não entendes ?
Iara: Não há nada para entender, vê se enxergas !
Pedro: Isto é uma perda de tempo, não percebes que ele está a dar cabo de tudo ?
Iara: Não não está ! Ele é meu amigo Pedro ! Agora nem com eles posso estar sem a tua presença que pensas que te estou a trair ? O problema não sou eu, és tu !
Pedro: Óptimo, agora a culpa é minha .
Iara: Se vens com esse ar irónico falar comigo, podes começar a sair ! - E abri-lhe a porta . Não aguentava mais.
Pedro: É isso que queres ?
Iara: Óbvio que não, mas tu não me dás outra opção.
E ele saiu furioso da minha casa.
Bem, o amigo que falávamos era o Fábio. Conheci-o numa festa em que eu e a Vanessa fomos nestes meses. Começámos a falar muito, e ficámos do tipo irmãos, e o Pedro claro que ficou com ciúmes. Mas assim, já é de mais. Ele tem montes de amigas e eu não reclamo, porque sei que ele só me ama a mim, e é comigo que ele está. Só queria resolver tudo, mas não vou deixar de falar com o Fábio por causa dele.
Passaram-se semanas. Semanas essas que foi cada vez mais difícil suportar isto tudo. Combinei encontrar-me com o Pedro, com o objectivo de sair dali à volta do seu braço, feliz de novo. Foi a caminho da Esplanada, e lá estava ele, à minha espera.
Pedro: Olá, senta.
Iara: Com-licença.
Pedro: Então, estamos aqui para falar como bem vai a tua "amizade" com o Fábio ?
Iara: Pedro, pára, por favor ! Não combinei isto para discutir. Vim aqui resolver tudo, não quero estar assim contigo, sabes bem que não.
Pedro: Olha que não sei.
Iara: Não sejas assim ! Fogo Pedro, estas semanas não têm sido fáceis para nenhum de nós. Não podemos parar um pouco e conversar sobre isto ?
Pedro: Conversar sobre o quê ? O quanto gostas do Fábio e como estás feliz ao lado dele ? Queres falar de como a nossa relação era perfeita antes deste otário aparecer ?
Iara: Não falas assim dele Pedro ! Tu não o conheces, e ainda por cima não fazes o esforço ! Quero estar bem contigo, mas tu não facilitas !
Pedro: Queres que facilite ? - assenti . - Então ou sou eu ou ele ?, agora escolhe.
Iara: Estás a pedir-me para escolher entre ti e ele ? Pedro, não faças isto !
Pedro: Porquê ? Não sou eu que amas ? Não fui eu que te pediu em casamento no meio de um jardim ? Ele não te pode dar o que te dei até hoje, nunca vai puder !
Iara: Pedro , por favor, não me peças para escolher. - Estava a tentar fazer com que as lágrimas não me caíssem.
Pedro: Desculpa, mas ... é assim que tem que ser. - Levantou-se. - É melhor ir embora, quando souberes de alguma resposta, liga-me.
Já nem olhava para ele, e deixei todas as lágrimas caírem pela minha cara abaixo. Precisava de alguém, e esse alguém era o Fábio. Não sabia bem porquê, mas só queria o seu conforto naquele momento. Liguei-lhe.
Fábio: Estou ?
Iara: Fábio, sou eu . - Estava a falar aos soluços.
Fábio: Iara, que se passa ? Estás a chorar ?
Iara: Podes vir buscar-me ? Estou na Esplanada.
Fábio: Estou a caminho.
Ele chegou num instante, vi-o e fui directa a correr para os seus braços num choro incontrolável.
Iara: Não aguento mais, Fábio. Não sei o que fazer !
Fábio: Vais ver que vai tudo passar. - Afastou-me um pouco dele, limpou as minhas lágrimas com os seus dedos e sorriu-me. - Não te quero assim, vai ficar tudo bem, prometo.
Não consegui sorrir, estava demasiado triste, só abracei-o como nunca o tinha feito. Os seus braços seguravam-me sem qualquer tipo de esforço, não o queria largar e pensar que tudo iria ficar realmente bem. Ele perguntou-me se queria ir para casa e disse que não. Então fomos para a praia. Estava vento. E estava a tremer um pouco quando lá chegámos.
Fábio: Queres o meu casaco ? - Era um casaco da DC, super lindo.
Iara: Tens a certeza ?
Fábio: Vá, toma. - Tirou o casaco e ficou com uma t-shirt básica preta.
Vesti-o e estava quentinho.
Fábio: Iara, que se passou ?
Respirei fundo e contei-lhe tudo.
Fábio: Isso tudo por minha causa ? Se for preciso afasto-me, se for esse o problema .
Iara: Não ! Isso não, Fá. Não vou abandonar os meus amigos só porque o Pedro quer.
Fábio: Tens a certeza ? Talvez seja ... - Não o deixei terminar a frase.
Iara: Não Fábio, não quero que vás e o Pedro agora quer que eu o escolha ou a ele, ou a ti.
Fábio: E já sabes qual vais escolher ?
Iara: Não, eu não quero escolher. Vocês são o que melhor me aconteceu. Ele será sempre aquele com quem partilhei primeiras emoções, descobri coisas que nunca vi com mais ninguém. E já passamos por muito. Mas tu, tu és aquela pessoa simpática, alegre, divertida, amiga - E vi um sorriso a formar-se no seu rosto. -e eu não me quero desfazer desta amizade.
Abraçou-me.
Fábio: Nunca pensei conhecer ninguém como tu Iara. És uma grande amiga, e sabes que agora não vivo sem ti. - Sorri-lhe. - Mas se estou a causar problemas entre ti e o Pedro, é talvez melhor afastar-me.
Iara: Não me faças isso, tu não !
Fábio: É melhor assim, não achas ?
Iara: Não, não acho ! Tu és importante para mim, mas não é por causa do Pedro que vou deixar de te ver e de ser tua amiga ! Não posso permitir isso.
Fábio: Deves ter razão.
Iara: Eu tenho.
Continuamos a conversar sobre outras coisas, a ver se me animava. Comecei assim do nada a observá-lo de uma maneira diferente. Comecei a reparar nos seus olhos azuis esverdeados, na sua pele morena e como o seu cabelo (aquele que todos os rapazes usam) combinava com os seus olhos. Eram de um castanho escuro. Ele era alto, uns dez centímetros mais alto que eu. Eu tenho 1.70 de altura, ele tem 1.80 mais ou menos. Tinha braços fortes, tinha um corpo forte, mas não em exagero. Um corpo cuidado.
Fábio: Terra chama Iara ! Alô ?
Iara: Oh, desculpa, estava distraída .
Fábio: Eu reparei, ahah.
Iara: Mas o que disseste ?
Fábio: Se queres ir jantar, está a ficar de noite.
Iara: Ah sim, já tenho uma fome.
Fábio: Eu também !
Fomos para o carro dele, e fomos a um restaurante ali perto. Jantámos e depois fomos para minha casa ver um filme que tinha lá. No resto da noite, não pensei em nada de Pedro e nesse drama todo que estava a minha vida. Naquele momento era só eu a divertir-me com um amigo, coisa que finalmente podia fazer em paz. O filme era uma comédia, e juro que fartei-me de rir com aquilo tudo ! Depois do filme, ainda estávamos bem acordados e por isso fomos ver séries daquelas de crimes que dá na Sic e isso. Lembro-me de começar a ter sono, e começar a dormitar no sofá junto do Fábio. Depois disso, só me recordo de ter a cabeça no seu colo e de estar a dormir. Acordei na minha cama, e não sabia do paradeiro do Fábio portanto fui à procura dele. Estava a dormir no sofá, com o cobertor em cima. Não o quis acordar, e fui tratar do pequeno-almoço. Quando ele acordou já eu tinha acabado de comer e preparava-me para arrumar a cama.
Fábio: Bom dia ! Podias ter-me acordado .
Iara: Para quê ? Estavas a dormir que nem um bébé, não ia estragar isso. Tens o pequeno-almoço na mesa.
Fábio: Muito obrigado menina Iara. Ahah.
Iara: Ahah .
Depois de ele ter comido, foi ter comigo à sala.
Fábio: É melhor ir andando, né ?
Iara: Oh, por mim é na boa ficares.
Fábio: A sério ?
Iara: Sim.
Ele ficou cá em minha casa, estivemos a ver televisão e a falar, fizemos o almoço, os dois. O que fez com que a cozinha ficasse num caos total. Ele ajudou a limpar, e depois disso fomos dar uma volta por aí.
continua.
ps: desculpem não ter posto a parte como prometi, mas hoje escrevi uma pouco
ps: desculpem não ter posto a parte como prometi, mas hoje escrevi uma pouco
maior que o costume e espero que gostem (:
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