Delírios de Amor
acordo, e olho para o telemóvel. não há mensagens, continuo a dormitar por uns segundo e decido levantar. acordo com uma fome insuportável, e o meu estômago pede urgentemente por algo bom para satisfazer-lhe. do quarto para a cozinha . vejo que não me apetece comer nada do que está nos armários ou frigorífico e faço leite com chocolate, só para acalmar a fome. faço a mesma rotina de sempre (...)
de repente, quando nada de jeito passa na televisão, ocorre-me ligar-te. mas falta-me coragem, falta-me muito a coragem. poderias estar mal disposto e descarregar em mim de novo e não me apetecia ouvir as mesmas coisas que ouvi da outra vez. pela minha cabeça, passa milhares de coisas para te dizer e acabo por te ligar. atende! é o que peço, até que, atendes. suspiro, nem sei o que dizer. olá,tudo bem? talvez, mas isso seria demasiado amigável para 1 mês sem nos cruzarmos, falarmos ou termos qualquer tipo de comunicação. durante este pensamento todo, foco-me em ti e na chamada que ainda estava em linha e oiço-te dizer :- olá ?
nem sei que dizer , mas fracamente sai-me um olá .
já não pronunciava o nome dele há tanto tempo, já estava tão desligada de ti, tão "offline" de nós. No meio da sala, disse Pedro, o teu nome.
Fiquei meio estranha ao dizer o teu nome depois de tudo. Mas , acabámos por conversar...
Pedro: Então, ligaste-me porquê ?
Iara: Hum, nem sei. Achei que já estava farta da tua ausência.
Pedro: E estás ?
Iara: Estou, obviamente.
Pedro: Eu também estava, e estou farto da tua ausência.
Iara: Não me mintas!
Pedro: Não estou a mentir, digo-te a verdade. Agora é a verdade.
Iara: A sério ?
Pedro: Claro que sim, não te posso mentir mais, se isso implica que nos separemos.
Iara: Podemos falar disto amanhã ? Quero falar isto,contigo cara-a-cara, pode ser ?
Pedro: Claro. Onde ?
Iara: No lugar do costume, às três da tarde.
Pedro: Lá estarei.
Iara: Então, até já.
Pedro: Até já.
Depois disto, sentia-me aliviada, com um peso fora dos ombros mas ansiosa e nervosa com o encontro. Até lá, tinha de estar consciente de tudo o que lhe queria dizer e não podia voltar a cair na sua armadilha. Só esperava tentar sobreviver até ao nosso encontro.
continua.
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