Delírios de Amor - XII

Carolina: Esta bem então, vai-te vestir que estás num estado que nem comento Iara.
Iara: Sinceridade acima de tudo não é mãe ? - Revirei os olhos.
Carolina: Vá despacha-te.
Iara: Okay , okay. 
  Vesti umas calças de ganga claras, um top preto e um casaco cor-de-rosa. Calcei Vans cor-de-rosa, e lavei a cara para ficar com um estado humano. E fui com a minha mãe para o hospital onde estava o meu irmão. Não parava de pensar como ele estaria, e que ele tinha que melhorar depressa.
Carolina: Estamos quase a chegar.
  Não lhe respondi, tinha uma pressa enorme para o ver. Quando chegámos, o meu pai estava na sala de espera do hospital. Levantou-se logo quando me viu, e deu-me um enorme abraço. Retribui.
Eduardo: Filha, ainda bem que estás aqui.
Iara: Olá pai. Já se sabe alguma coisa do Diogo ?
Eduardo: Infelizmente não, os médicos dizem que estão a fazer-lhe exames para ver se ele tem alguma doença mais grave.
Carolina: Esperemos que não seja nada.
 Os meus pais abraçam-se tentando reconfortar-se.
Iara: Olhem, vem aí um médico.
Médico: São os pais de Diogo Pereira de Matos ?
Eduardo: Sim, somos. Então Doutor, como ele está ?
Carolina: Não nos esconda nada Doutor, conte-nos tudo o que se passa com o meu filho.
Médico: O Diogo está com gripe, uma gripe normal. Deve ter apanhado se teve mudanças de temperatura muito grandes, ou coisas do género. A febre vai permanecer durante alguns dias, pois ele estava um pouco fraco.
Carolina: Pois é. Quando ele estava em casa ele mal comia, mesmo antes de se constipar. E depois se comia tinha vontade de vomitar.
Médico: Hum, então vamos ter que começar a alimentá-lo para ele tomar os medicamentos. Daqui a uns dias estará pronto para ir para casa.
Iara: Podemos visitá-lo ?
Médico: Podem, mas daqui a pouco. Ele precisa de descansar por causa dos exames que lhe fizemos.
Eduardo: Esta bem Doutor, obrigado.
Médico: Ora essa, é o meu trabalho.
 E foi-se embora com um sorriso na cara. Fiquei muito mais aliviada por saber que ele estaria bem, mas com a febre ele também pode piorar portanto nada está concreto no seu estado de saúde. O meu móvel começou a vibrar, era a Vanessa.

- Onde estás ? Estou aqui em tua casa.
- Estou no hospital com os meus pais.
- O que ?! O que se passou ?! Estás bem ?!
- Calma. Não sou eu, é o meu irmão.
- O Diogo ?!
- Sim, ele teve uma constipação e começou a ter febres altas e veio para aqui.
- Que mau, já tens notícias dele ?
- Sim, ele continua com febre alta, mas secalhar dentro de uns dias deve sair daqui.
- Esta bem então, diz-lhe que lhe mando um beijinho e que ele melhore rápido.
- Digo-lhe sim.
 Continuamos a falar de milhões de assuntos. Evitei falar em assuntos relacionados com Pedro, e Pedro, e Pedro e mais Pedro. Não queria mais preocupações para a minha cabeça.  Só tinha mais amanhã para pensar, porque não será quarta-feira que vou decidir se quero ficar com ele. Quer dizer, nem devia haver um tempo definido para ter a certeza disso. O meu coração não se decide assim, mas pronto.
Recebo uma mensagem do Pedro, e fico tipo "mas estão a gozar com a minha face ? " .
- Já não vou para Alemanha . Os meus pais deixam-me cá ficar.
 Boa para ele, que respondo ? Não estou mesmo com cabeça.
- Hum, ainda bem então.
- Que tens ? Só para responderes assim.
- O meu irmão está no hospital.
- Oh que mau Iara, desejo-lhe as melhoras.
- Obrigada.
- De nada (:
- (:
  Nem quis continuar a conversa, já me bastava dramas.
O Médico veio até nós e parei de dar atenção aos SMS's com a V.
Médico: Eduardo, certo ?
Eduardo: Sim, que se passa com o Diogo ?
Médico: Ah, o Diogo está pior. A febre subiu para quarenta e três, e os medicamentos não estão a fazer efeito como deveriam. Cremos que seja um vírus que faz com que os medicamentos não têm efeito no organismo, e assim será mais difícil de o curar.
 Comecei a chorar, e encostei-me à minha mãe que também já estava num mar de lágrimas.
Carolina: Então e agora Doutor ?
Médico: Vamos tentar eliminar o vírus, e dar comprimidos mais fortes. Até lá, só vos resta esperar. Lamento muito.
 Sentei-me assim que ele acabou de falar, isto não podia estar a acontecer ao Diogo. Ele não merece passar por isto. Porquê ele ? Porquê o meu maninho ?

continua.

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