Delírios de Amor - VIII

Iara: Pedro ...
Pedro: Que foi ? Quero apenas conversar, estar contigo e por enquanto como amigos, como preferires.
Iara: Como amigos, tens a certeza ?
Pedro: Sim, como disse, é como preferires.
 Respirei bem fundo mesmo, até responder-lhe.
Iara: Então, está bem.
 Ele fez um sorriso, nem vos conto. Foi como quando aceitei namorar com ele, e ele fez o mesmo sorriso, tal e qual. Não consegui evitar, e sorri também .
Ele pegou-me na mão, e levou-me a sentar, mesmo junto dele mas eu afastei-me um pouco. Acho que era preciso. Ele nem reagiu, espero que tenha compreendido.
Pedro: Então, conta-me coisas.
 Ainda, estava a sorrir.
Iara: Queres saber o quê ?
Pedro: Não sei, tudo. Num mês acontece muita coisa.
 Parou finalmente de sorrir para ter um ar de abatido e culpado.
Iara: Bem, depois de nossa separação, - Agora ele olhou-me nos olhos, com um ar de culpado, nem eu acreditava. - eu fiquei de rastos, praticamente durante muitos dias fechei-me em casa, mas depois a Vanessa ajudou-me e voltei a ter a minha vida.
Pedro: Desculpa, não queria causar-te tanto sofrimento.
 Respondi-lhe com o olhar, e ele percebeu logo.
Pedro: O meu mês foi assim, depois de tudo o que houve eu fiquei mal é verdade, mas como sabes os rapazes não se fecham no quarto a comer gelado - e fez um ar a gozar "connosco" raparigas. Enfim . - mas fiquei alguns dias mesmo em baixo, mas acabou por passar e como disseste voltei a ter a minha vida.
Iara: Pois, não podíamos viver presos para sempre naquilo. Quer dizer, se eu e tu não estivéssemos presos nisto, não estaríamos aqui.
Pedro: Isso é bem verdade. Hum , fazes alguma ideia do que me vais responder ? Espera, eu sei que já me disseste que não tiveste tempo, mas nem uma mínima ideia ? Não queria esperar até quarta .
  Hesitei mesmo muito até lhe responder, mas acho que foi melhor.
Iara: Eu, olha nem me interrompas se não , não consigo falar o resto. - Ele fez sinal a dizer que sim com a cabeça. - Então, se eu te rejeitasse - Soou tão mal como o disse. - eu estaria a perder a minha felicidade porque eu ainda te amo - Agora fiquei vermelha quem nem um tomate. - mas se aceitar eu posso estar a condenar-me para passar por tudo de novo e eu não quero, sabes disso.
Pedro: Repete lá !?
 Ele diz isto porque eu gostava de ver Hannah Montana quando era mais pequenina e estava sempre a imitá-la, e tortura-me com isso. Enfim.
Iara: Mau, queres que repita o quê ?
Pedro: Que me amas.
 Ele ficou tão sério que até me espantei, e lá arranjei coragem.
Iara: Ainda te amo, tá bom ?
  Ele aproxima-se de mim, de uma maneira tão rápida que não consegui evitar e beijou-me. Eu não neguei de maneira alguma, por mim ficava lá assim o dia todo. Foi tão bom sentir os lábios dele nos meus de novo. Aquilo estava a tornar-se num hábito, mas um hábito mau para os meus queridos sentimentos que ficam ainda mais confusos.
Com a cara a um centímetro de distância da minha, disse-me.
Pedro: Precisas de mais provas que não deves ficar comigo ? Tu não consegues, eu não consigo ficar longe de ti, não o sentes.
Iara: Mas não é fácil, sabes que não. E eu não quero ficar longe de ti, nunca. Mas não me quero iludir.
Pedro: Já te disse que mudei - Sorri de novo para mim, e deu-me um beijo rápido. - acredita em mim, eu não te desiludo ou iludo mais. Aceita-me de volta .
  Nem acreditei no que lhe respondi, foi tipo a coisa que me saiu.

continua. 

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